ÁREA DE ATUAÇÃO

terça-feira, 19 de março de 2013

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA





Leia o texto e deixe que ele penetre a sua alma. Aí, decida como você vai começar seu dia amanhã....

José é o tipo de pessoa que todos adorariam detestar. Ele está sempre de bom humor e tem sempre uma palavra positiva para qualquer pessoa. Quando alguém lhe pergunta como ele está, lá vem a resposta: se melhorar estraga.

Era um tipo único. Era único gerente que todos os garçons seguiam onde quer que  fosse. A razão porquê os garçons o seguiam de restaurante em restaurante era a sua atitude . Era um motivador natural. Se um funcionário seu estivesse tendo um dia ruim José estava lá para lhe dar uma palavra de apoio e principalmente para lhe mostrar o lado positivo da situação. Vendo o seu estilo fiquei realmente curioso e, um dia,  lhe perguntei: Não consigo entendê-lo. Você não pode ser sempre positivo, o tempo todo. Como é que você faz?

José respondeu: “Cada manhã eu acordo e digo para mim mesmo José, você tem duas escolhas hoje. Você pode escolher ficar de bom humor ou você pode escolher ficar de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece eu posso escolher se serei a vítima ou poderei aprender algo da situação. Eu escolho aprender. Cada vez que alguém se lamenta para mim eu posso escolher se aceito seus lamentos ou posso apontar o lado positivo da vida. Eu escolho apontar o lado positivo da vida.

É, tá bom, mas não é tão fácil assim, eu protestei. É sim, José falou. A vida é uma questão de escolha. Quando você separa o joio do trigo, sobra a escolha. Você escolhe como reagir à uma determinada situação. Você escolhe como os outros o afetarão no seu dia a dia. É você que decide ficar de bom ou mau humor. O mais importante é o fato de que é você quem decide a sua vida.

Fiquei refletindo sobre o que  José me tinha dito. Posteriormente, deixei o ramo de restaurantes e me dediquei ao meu próprio negócio, perdendo assim contato com José, mas muitas vezes eu me lembrava dele, principalmente quando  tomava atitudes referentes à minha vida  ao invés de ser levado por ela.

Alguns anos se passaram e eu ouvi dizer que o José fez uma coisa que  nunca se  deve fazer num restaurante – deixou a porta destrancada , possibilitando assim a entrada de um bando de vagabundos que queriam assaltá-lo. Os homens estavam armados e obrigaram-no a abrir o cofre, porém,  devido ao nervosismo José não estava conseguindo abri-lo, o que fez os ladrões dispararem a arma contra ele. Logo após , os ladrões entraram em pânico e fugiram, abandonando-o no chão. Por sorte, José foi encontrado logo e a ambulância foi solicitada. Depois de 18 horas de cirurgia e de vários dias na unidade de terapia intensiva José pode sair do hospital, ainda que com estilhaços das balas no corpo.

Encontrei-o seis meses após o acidente. Quando lhe perguntei como estava, ouvi a célebre resposta – Se melhorar estraga. Quer ver minhas cicatrizes? Eu declinei, gentilmente porém perguntei o que lhe passou pela cabeça quando o roubo  estava acontecendo. José não teve a mínima dúvida – Eu devia ter fechado a porta - ele respondeu. Aí, quando eu fui baleado eu pensei – agora eu tenho duas escolhas – ou eu vou viver ou vou morre. Eu escolhi que vou viver.

Você não ficou com medo ? eu perguntei. Você perdeu a consciência?

E José continuou... Os enfermeiros foram bárbaros – continuavam me afirmando que eu ia  sarar e que tudo  ficaria  bem. Porém, quando dei entrada na sala de emergências e vi a cara dos médicos e das enfermeiras, eu fiquei verdadeiramente assustado. Nos olhos deles eu lia – “esse aí já era, é um homem morto”. Aí eu sabia que tinha que fazer algo.

E o que foi que você fez? perguntei.

Bem, disse José, tinha uma enfermeira enorme que ficava gritando comigo e fazendo perguntas. Quando ela me perguntou se eu era alérgico disse a ela que sim. Aí todos pararam o que estavam fazendo para ouvir o final da desgraça.  Eu respirei fundo e berrei: Sou alérgico a tiros de revolver! Todos morreram de rir. Aí eu disse: eu decidi viver, por favor doutor, me opere como se eu fosse um homem vivo e não morto.

José sobreviveu graças à perícia dos médicos e aos cuidados de todos mas principalmente por sua surpreendente atitude.

Naquele dia eu aprendei  com José que todos temos a chance de escolher como vamos viver. No final das contas tudo é uma questão de escolha.

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